Roberta Miranda

Luar do Sertão


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Não há, ó gente, oh, não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, oh, não
Luar como esse do sertão

A lua nasce por detrás da verde mata
Mais parece um sol de prata, prateando a imensidão
E a gente pega na viola e ponteia
E a canção é lua cheia, a nos nascer do coração

Não há, ó gente, oh, não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, oh, não
Luar como esse do sertão

Mas como é lindo ver depois, por entre o mato
Deslizar calmo o regato, transparente como um véu
No leito azul das suas águas murmurando
Ir por sua vez roubando as estrelas lá do céu

Não há, ó gente, oh, não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, oh, não
Luar como esse do sertão

Coisa mais bela neste mundo não existe
Do que ouvir um galo triste, no sertão se faz luar
Parece até a alma da lua que descamba
Escondida na garganta desse galo a soluçar

Não há, ó gente, oh, não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, oh, não
Luar como esse do sertão

Ai que saudades do luar da minha terra
Lá na serra branquejando folhas secas pelo chão
Este luar cá da cidade tão escuro
Não tem aquela saudade do luar lá do sertão

Não há, ó gente, oh, não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, oh, não
Luar como esse do sertão


Autor(es): Catulo da Paixão Cearense / João Pernambuco