César Oliveira

Num Posto, Num Fim de Mundo


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Troveja mágoas do agosto
"Baldas" de tempo grongueiro!
Trago amilhado um parceiro
Patas brasinas, gateado
Que quando o dia é dos brabos
E o passo se para fundo
Num posto, num fim de mundo
É quem me tira garreado

A vacage do espinilho
Vem despejando o terneiro
E o destino de posteiro
Se arrocina no serviço
Compromisso é compromisso
Não tem se boca entaipada
Quando não chove, cai geada
O inverno é feito pra isso!

Refrão:
Num posto, num fim de mundo
As léguas são mais compridas
As tardes mais encardidas
E as horas custam passar
Camperear e camperear
É o que me toca na vida
Graças a Deus tenho a lida
Que me permite sonhar

O "Campomar" encharcado
Já pesa mais um "poquito"
E o vento segue maldito
Riscando o vão da canhada
Uma borrega atracada...
Não deu pra salvar o cordeiro!
É assim no mundo campeiro
"Ás vez" se perde a parada

Desencilho no galpão
Onde a intempérie se acalma
O mate que aquece a alma
Sustenta um vício profundo
Um rádio gasta os segundos
Entre milongas e prosas
E a noite adentra morosa
Num posto, num fim de mundo.