Martinho da Vila

Onde O Brasil Aprendeu A Liberdade


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Aprendeu-se a liberdade
Combatendo em Guararapes
Entre flechas e tacapes
Facas, fuzis e canhões

Brasileiros irmanados
Sem senhores, sem senzala
E a Senhora dos Prazeres
Transformando pedra em bala

Bom Nassau já foi embora
Fez-se a revolução
E a festa da Pitomba
É a reconstituição

Jangadas ao mar
Pra buscar lagosta
Pra levar pra festa
Em Jaboatão

Vamos preparar
Lindos mamulengos
Pra comemorar
A libertação

(Jangadas ao mar) Jangadas ao mar
Pra buscar lagosta
Pra levar pra festa
Em Jaboatão

Vamos preparar
Lindos mamulengos
Pra comemorar
A libertação

E lá vem maracatu,
Bumba-meu-boi, vaquejada
Cantorias e fandangos
Maculelê, marujada

Cirandeiro, cirandeiro
Sua hora é chegada
Vem cantar esta ciranda
Pois a roda está formada

(Ô cirandeiro) Cirandeiro
Cirandeiro, Ó
A pedra do seu anel
Brilha mais do que o sol

(Ô cirandeiro) Cirandeiro
Cirandeiro, Ó
A pedra do seu anel
Brilha mais do que o sol

Sonhei
Que estava sonhando um sonho sonhado
O sonho de um sonho magnetizado
As mentes abertas sem bicos calados
Juventude alerta os seres alados

Sonho meu eu sonhava que sonhava
Sonho meu eu sonhava que sonhava

Sonhei
Que eu era o rei que reinava como um ser comum
Era um por milhares, milhares por um
Como livres raios riscando os espaços
Transando o universo limpando os mormaços

Ai de mim, ai de mim que mal sonhava
Ai de mim, ai de mim que mal sonhava

Na limpidez do espelho só vi coisas limpas
Como uma lua redonda brilhando nas grimpas
Um sorriso sem fúria, entre réu e juiz
A clemência e a ternura por amor da clausura
A prisão sem tortura, inocência feliz

Ai meu Deus falso sonho que eu sonhava
Ai de mim eu sonhei que não sonhava
Mas sonhei
Sonhei, sonhei, sonhei


Autor(es): Martinho da Vila