Ayam Ubráis Barco

O Voo


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¿O que disse dos remédios que me fazem subir e descer por essas montanhas?
¿O que disse dos remédios que me fazem andar com retidão por essa estrada?
Quando a sola do sapato surtado descolou
Quando a poeira escreveu nas roupas do varal
A caneta vazou de repente
Desdenhou o desenho do teu rosto e
As mãos trêmulas equilibrando uma coleção de derrotas empilhadas
A platéia bate palma de todos os hemisférios
O covarde não retribui
Em verdade já se foram
São ecos e ecos e ecos de estupidez e
Ouvidos desperdiçando horizontes
Afundando num fétido oceano de bobagens
¡Despencar é melhor
Se joga, despenca!
Escolhe um caco e desenterra um voo
Pois teu coração...
O teu coração não será bem-vindo em cemitério algum
Em cemitério algum
¡Então aprende a voar
Joga fora os remédios!
¡O remédio é voar!


Autor(es): Ayam Ubráis Barco

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