Mano Lima

Quando Eu Me For


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A morte não marca tempo
Nem o dia, nem a hora
Chega sem fazer rodeio
Levando poeira embora

Quando eu me for da terra
Deus me transforme em capim
Pra ver um potro berrando
Pisando em riba de mim

Também não quero velório
Só um simples galho de flor
Pra que descanse sentindo
O cheiro do corredor

Indiada não levem a mal
E me enterrem na mangueira
Pra ver uma tropa morruda
Se empurrando na porteira

Quando nas noites de lua
Uma luz brilhar o tapume
Serei eu piscando os zóio
o corpo de um vaga-lume

Quero uma eguada pastando
E um sinuelo a tarde aos berros
E um pingo coçando a cara
Na minha cruz de pau-ferro

Na minha cruz de pau-ferro
Chega e te apeia, parceiro
Te espera um cantil de canha
E o canto de um joão-barreiro