Eugénia Melo e Castro

Retrato em branco e preto


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Já conheço os passos dessa estrada
Sei que não vai dar em nada
Seus segredos sei de cor
Já conheço as pedras do caminho
E sei também que ali sozinho
Eu vou ficar tanto pior
O que é que eu posso contra o encanto
Desse amor que eu nego tanto
Evito tanto e que no entanto
Volta sempre a enfeitiçar
Com seus mesmos tristes velhos fatos
Que num álbum de retratos
Eu teimo em coleccionar
Lá vou eu de novo feito um tolo
Procurar o desconsolo
Que cansei de conhecer
Novos dias tristes, noites claras
Versos cartas minha cara
Ainda volto a lhe escrever
Para lhe dizer que isso é pecado
Eu trago o peito tão marcado
De lembranças do passado
E você sabe a razão
Vou coleccionar mais um soneto
Outro retrato em branco e preto
A maltratar meu coração

...Deixe em paz meu coração...
que ele é um pote até aqui de mágoa
e qualquer desatenção
faça não...
pode ser a gota d'água...

...Meu coração não se cansa de ter esperança
de um dia ser tudo o que quer...

Quero ser vagabundo
viver sem ninguém
e ser dono do mundo
na ilusão de ser alguém
a vagar por aí
sem destino certo
ver o que ainda não vi,
olhar o céu que está tão perto...
vagabundo eu sou
ave sem ninho
pela vida eu vou
vivo sozinho... sozinho...


Autor(es): Chico Buarque / Tom Jobim

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