Samba da Meia-Noite
Ele sonhou como se fosse madrugada
E despertou almejando não sentir mais nada
Se martirizou como alma amargurada
E o que restou? Sua vida despedaçada.
Ele encontrou um refúgio passageiro
Se esperançou mas o fracasso veio ligeiro
Se desesperou e tentou só ficar inteiro
E não demonstrou remorso ao falar de si mesmo
O sono não veio e a insônia o tomou para si
O mundo inteiro assistiu-o a tentar pôr um fim
O começo do meio não justificou os por fins
E a certeza do medo que nunca sentira assim.
Autor(es): Gustavo Rosa
