Emersson Ursoo

Sincopando o sincopado


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Cantei um samba totalmente diferente do que estava acostumado
Um trava-língua sincopado de malandro meramente ensaboado
A rima rica era tão rica que ouro só ficou na melodia, e na harmonia
Valorizou foi premiado e batizado como uma filosofia, na teoria
Inspiração, transpiração, minha missão é transmitir malemolência
Todo gingado brasileiro meu terreiro vem da sabia sapiência
Vou miudinho com os pés no chão
Marco na palma sem contravenção
Chora cuíca e meu cavaco afinado com pandeiro e violão

Trago em meu canto a divisão daqueles bambas que escuto na vitrola
Ciro Monteiro, Padeirinho e Miltinho foram bases dessa escola
João Nogueira, Luiz Grande e Germano seguiram nessa vertente, remanescentes
De um estilo quase extinto já não visto mais assim tão facilmente, infelizmente
Eu também tenho que citar um bom malandro lá do Morro da Mangueira
Compositor que tinha o nome de Geraldo, o sobrenome era Pereira
Deram pro samba uma nova roupagem
Sofisticaram sem sofisticar
E com talento e inteligência eles fizeram nosso samba sincopar

E sincopando o sincopado lembro Clito e também Jorge Teté
Silvério Pontes e Zé da Velha, no trombone, até me sinto um Fred Aistaire
Vê se entende, ô ‘my friend’, ô ‘my brother’,
Nos tempos da brilhantina, a minha sina
Eu já curtia a Orquestra Tabajara no baile da Estudantina, com a Severina
E arrepio quando dou meu corrupio e rodopio no salão
No puladinho, num floreio, quando abro o espaguete e no peão.
Faço bonito lá na Gafieira
Deixo saudades por todo salão
A malandragem é que não gosta, pois comigo levo sempre um coração


Autor(es): Emersson Ursoo / Ricardo Bispo / William Fialho

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