Estado de Sítio

Sol negro


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Faça as promessas de uma vez
E veja o céu que lhe restou
Despido em fogo frio
Respire sua vida

Um clarão rasgou o mar
E bebemos em contradição
Saltando pelas ruas
Com brasa nos sapatos

Sol negro esconde a face do destino
Pendure o tempo depois daquela esquina

Rezo bem longe daqui
Pro inferno não nos alcançar
Afogo meus anseios
Em sono descompassado e lento
As sombras daqui não seduzem mais

Sol negro esconde a face do destino
Pendure o tempo depois daquela esquina
Pendure o tempo pra mim

Todas as pessoas já nascem com uma agonia no peito
A fúria eólica transborda quando a consciência toma forma
Na ardência orgânica da sede por palavras
Visto-me com um silêncio constrangedor


Autor(es): Danyel Sueth