Gaúcho da Fronteira

Trova ao cú


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Porteira redonda
Cercada de fios de cabelo
Por onde passa o sinuelo
Das tropas que vem do bucho
Pra conservar as tuas pregas
Não precisa muito luxo
É só limpar com macegas
No velho estilo gaúcho

Te saudo.
Cú de índio chucro
Sovado de tanta bosta
Por que coragem tu mostra
Quando a merda vem a trote
E se ela e meio dura
Devagar tu nao te apura
Pra evitar que te maltrate


Velho cú miserável
Sempre de boca pra baixo
Pois sendo o cú de indio macho.
Desses que cargam tarugo
E nunca deixa refugo
Se alguma merda carregas
É só limpar com mecegas
Ou mesmo usando um sabugo

Cú martir do corpo.
Malquisto e dispresidiado
No mais das vezes cagado,
E enferrujado na rosca
Teu destino e coisa ostra
Pois enquanto a vida passa
A boca bebe cachaça
E tu sempre ajunta moscas

Tenho dito.


Autor(es): Jaime C. Braum

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