
Uma Iara / Uma Perigosa Yara
Hã hã hã 
A Iara, a que dorme 
Na vitória régia 
Ai daquele que cai na tragédia 
Da nudeza da sua voz 
Hu hu hu 
Iara a que canta a sitéria 
Ai daquele que cai na tragédia 
Da nuydeza do seu véu 
É preciso manter a proa 
Da margem que encerra 
Se ele é livre ou se é dela 
A Iara a que canta a que chora 
Ao cair de todas as tarde a Iara surge de dentro das águas 
Magnifica com flores enfeita os cabelos negros, 
No mês de Maio ela aparece ao pôr do sol, 
E a medida que Iara canta mais atraídos ficam os moços 
Houve um dia um Tapuia sonhador e arrojado, estava pescando 
E esqueceu-se que o dias estava acabando e as águas já se 
Amassavam, acho que estou tendo uma ilusão, pensou 
A morena Iara de olhos negros e faiscantes erguera-se das 
Águas, o Tapuia teve medo mas do que adiantava fugir, se 
O feitiço da flor das águas já o inovelara todo 
O Tapuia sofria de saudade e Iara 
Confiante no seu encanto esperava 
Nesse mês de florido maio o índio entrou de canoa 
No rio o coração tremulo, a Iara veio vindo de vagar abriu 
Os lábios úmidos e cantou suave a sua vitória 
Houve festa no profundo das águas e sempre a tardinha aparecia 
A morena das águas a se enfeitas com rosas e jasmins 
Porque um só noivo não lhe bastava 
Hã hã hã 
A Iara, a que canta, a que chora 
Hu hu hu Iara 
Hu hu hu Iara
Autor(es): Adriana Calcanhoto










