Um Homem Chamado Alfredo/Sei Lá (A Vida Tem Sempre Razão)/O Poeta Aprendiz


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O meu vizinho do lado
Se matou de solidão
(Coitado do seu Alfredo eu me lembro tão bem dele)
Abriu o gás o coitado
(Vizinho do lado como diz a canção)
O último gás do bujão (Omisso humilde)

Porque ninguém o queria (Parecia não ter passado nem presente)
Ninguém lhe dava atenção (Nem futuro nenhuma dessas coisas)
Porque ninguém mais lhe abria (Durante toda vida não teve nenhuma complacência)
As portas do coração (Um solitário total eu não sabia até que ponto até o ponto)
Levou com ele seu louro (Que o levou a se matar)
E um gato de estimação

Tem dias que eu fico pensando na vida
E sinceramente não vejo saída (Há esse foi um samba que eu e ele fizemos na Bahia)
Como é por exemplo que dá pra entender
Um período lá e que de princípio não dei muita importância a ele
A gente mal nasce começa a morrer (E depois foi crescendo consideravelmente)

Depois da chegada vem sempre a partida (Na minha opinião e na minha estima)
Porque não há nada sem separação
Sei lá sei lá a vida é uma grande ilusão
Sei lá sei lá só sei que ela está com a razão

Ninguém nunca sabe que males se apronta
Fazendo de conta fingindo esquecer
Que nada renasce antes que se acabe
O sol que desponta tem que anoitecer
De nada adianta ficar-se de fora
A hora do sim é o descuido do não
Sei lá sei lá só sei que é preciso paixão
Sei lá sei lá a vida tem sempre razão

Ele era um menino valente e caprino (Ai eu conheci esse menino)
Um pequeno infante sadio e grimpante (Conheci ele desde pequenininho)
Anos tinha dez e asas nos pés (Ele era um menino muito levado namorador briguento)
Com chumbo e bodoque era plic e ploc (Isso na praia de onde morava nessa ocasião)
O olhar verde-gaio parecia um raio (Onde ele passava suas férias e eu me lembro muito bem dele)
Para tangerina pião ou menina (Era um garoto simpático)

Por isso fazia seu grão de poesia
E achava bonita a palavra escrita
Por isso sofria de melancolia
Sonhando o poeta que quem sabe um dia
poderia ser


Autor(es): Vinicius De Moraes, Antonio Pecci Filho Toquinho

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