Juliano Holanda

Vasta Rede


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Um arco-íris tristonho,
Uma parede vazia,
Uma estrada vadia,
E um olhar desolado.
Um barco mal-assombrado,
Uma flor despetalada,
E um relógio quebrado.

Um vazio ou dois e o dó de peito,
Um dor sem jeito e um vaso apenas,
Umas três novenas pra seguir no encalço,
Cada cadafalso, uma seta vesga,
O visgo da lesma desenhando na parede,
A silhueta exata de uma grande cidade…

Uma corrente maluca,
Uma estrela apagada,
E uma pedra encantada,
Um carretel enrolado,
Um grito despedaçado,
E uma dor sem emenda
A cada ponto que é dado
Em cada nó dessa renda.

Mais um grão de arroz e o nó desfeito,
Pra dormir no leito, pra girar antenas,
Muito além das trenas, pra seguir no encalço,
Meu retrato falso, um zunir de vespa,
Solidão é a mesma nessa vasta rede
Que se arma e salta sobre a grande cidade…

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