Um Barril de Rap

Vatomanocu (part. Jean Tassy)


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[Froid]
Eu to no vermelho, azul de raiva
Andei pelos becos, açudes e praias
Vi seu despejo, não temos mais vaga
Vatomanocú!

Não quero saber de quem é a culpa
Tá vendo a bagunça, mano, arruma
Se pode ser você aqui atrás das cortinas
Dinheiro é riqueza, amor é fortuna!

Mãe, eu fritei, essa fumaça é o fusível
Acho que sou eu, mãe será que é possível?
Por que que esse maluco me cortou do seu umbigo?
Eu quero uma Tatto

Não sou um playboy, não tenho um pittbull
Tenho ritmo, tenho estímulo, sem nenhum redbull
Então vatomanocú, sou legítimo
Ainda faço rap na velô dos Fast Food

Numa semântica romântica, litros de antártica
Zero de gramática, o resto física quântica
Humanos, a razão é matemática
Vatomanocú!

[Jean]
Eu não to na pista pra vir pagar de artista
Cantarolo meu rap na época renascentista
Busquei no macro e micro, entrei no complexo
Pensei no sol e seu sistema idêntico da clara em volta da gema

Nego, quero passar um tempo por aqui
Negro, quero passar um tempo por aí
Caranguejo dividido em dois
Um pé no presente, outro rumo a Leonardo Da 22

A poesia me liberta, me abre
A liberdade pra mim é magenta com azul
Nada se compara a liberdade de dizer
Vatomanocú!

Pode ser a lei natural do animal
De ter o que não precisa de forma proposital
Colocar uma espécie em suicídio
É só colocar a razão na cabeça desse animal

[Yank]
Do alto do planalto esse é o buraco do tatu
Eu quebrei o omoplata na Asa Norte, a Sobre Coxa na Asa Sul
Quebrando o Tabu, dentro do Baú
Com os mano e a Catu, na Cachu, ali em Paracatu

Então para pra ver, é tanto paradoxo
No para-lama e para isso hoje eu digo vatomanocú!
Foda-se o que eu vou fazer e o que tu vai dizer
Na verdade, foda-se eu e você, eu quero é fuder!

Meter e gemer com essa métrica
Fui num drive-thru, pedi uma serra elétrica, e reprovei em ética
Conhece o final da fábula?
Pergunta pra Lebre se a Tartaruga não é bem frenética!

Eu consegui, dessa vez eu me fudi
Tanto que até me perdi, mas eu aprendi, cansei de fugir
Eu resolvi me aderir e agora
Acho que eu já não posso viver sem mim

A vida é boa pra quem tem dois olhos
Eu escrevo pro Conan Doyle e canto pra Susan Boyle
O Planeta é uma Bola de Haxixe eu sou o óleo
Brother, você pode ir embora, só deixa um biscoito Oreo (Oreo)

Eu acho isso uma delícia e sigo saboreando
Mano, essa droga mata e eu to comprando!
Me afundando em crédito, negativado
Eu fui num neurocientista e me tornei um militar aposentado

Que tava cansado, fraco, sem saco
Por isso eu deixei no vácuo esses bunda de cu quadrado
Vatomanocú dobrado se falar de amor
Vatomanocú!


Autor(es): Froid / Jean / Yank

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