
Amanda de Antigamente
Boné de couro...
De couro era o pandeiro...
Partideiro batia até se fosse no balde
Saia correndo da Rua Brás Cubas
Uma depois da Anita Garibaldi...
Salve a malandragem do Inter, Unidos...
E salve, Capu do Grimaldi!
O dia amanhecia e, no Bar do Colega,
Subindo a rua de trás do Komoda
O samba de antigamente malandragem era foda
Porque na roda só colova nego foda
O samba de antigamente malandragem era foda
Porque na roda só colova nego foda
Compositor tinha respeito nos lugares
Um samba novo era tesouro no baú
Lembro da nossa Via Sacra pelos bares
Cantava um samba meu logo em seguida o Capú
Mandava um som dele que fez lá na Capital
Grimaldi era a quebrada, malandragem, que ele vinha
De vez em quando me juntava ao pessoal
Naquele campo ali perto do Fazendinha
Nas quatro linhas só se via o poeirão
E na beira do campo a batucada de ladrão!
Rapadão na quebrada malandro tinha de sobra
Mais de um campo na rua do Mineirinho do Gás
Tirei a foto do LP lá no finado Nunes
E lá no campo do Ari que não existe mais...
Onde tem samba tem bola onde tem bola tem samba
Ficou na boca da galera ali tocou demais
Só quem tem foto malandragem ou só quem viu
Pra saber como é que foi essa quebrada no passado
Hoje quem passa na Avenida Brasil
Sentido Amanda dois vê à direita um gramado
Aquele rapadão como já disse anteriormente
Era um reduto de talentos escondidos
Dificilmente um time pra bater de frente
Ai que saudade dos momentos lá vividos
Ali jogava um grande elenco antigamente
Aqui meu salve à malandragem do Unidos!
Autor(es): Paulino Neves