Valete

Colete Amarelo


Imprimir canciónEnviar corrección de la canciónEnviar canción nuevafacebooktwitterwhatsapp

Mão no ar Luanda
Yeah, Maputo mão no ar
Bissáu mão no ar
São Tomé, São Vicente
Bissáu

Isto é dedicado aos nosso irmãos da Beira
Tamos convosco claro
'Bora, 'bora, 'bora, 'bora

Este é o nosso dialecto
Politicamente incorrecto
Quando o V começa a dar na cara
Não para

Este é o nosso dialecto
Politicamente incorrecto
Quando o V começa a dar na cara
Não para

Eles querem saber quando é que a maquete sai para a net
Quando é que eu vou para a estrada
Quando é que é o Coliseu
Manos dizem que o mano Estraca é o novo Valete
Que se foda esse wero wero, o novo Valete sou eu
Rima inata, perversa como um homocrata
Até à data sou o único rapper homeopata
Vens armado em acrobata ficas sem omoplata
Segue a carta do cartel aqui é plomo o plata

Todos perguntam me o que é que eu acho do Uzi Vert
Todos perguntam me o que é que eu acho do SippinPurp
Manos 'bora falar do nosso cenário encenado
'Bora falar dos mercenários no nosso senado
'Bora falar do mecenato de Raul Solnado
Eu quero ser mais um soldado contra Bolsonaro
Vê-me a levitar beef sabes que é de evitar
Não há que duvidar o Viris é uma divindade

Estudei Pio XI, o Papa Nazi
Depois da rima do Babalaze eu ganhei paparazzis
Eu sonho em ser timoneiro, sonhas com um Mazeratti
Sou pioneiro mas rafeiro como um Materazzi
Redes sociais, são o teu momento solene
Entravas em depressão se acabasse o Instagram
A escola só nos difama por isso eu Makukulo
Que se foda Vasco da Gama ensinem Shaka Zulu

Aqui não há rap de paka mano, aqui não há cadelas
Teu flow é barco à vela, o meu é arte, é aquarela
Viris esburaca como Freeway na Rockafella
E é patriarca quando saca aquele acapella
Fico fodido quando penso no mano Rodrigo
Que apanhou a dama dele na cama com o melhor amigo
Cortou o gajo, bem feito, três cortes no peito
Cobiçar a dama dum tropa é o máximo desrespeito

Uh, tu queres os holofotes
A gente resolve o problema como Viktor Zolotov
A gente dissolve e come os rappers como strogonoff
Aqui todas as estrofes são cocktail molotovs
Lembro quando a democracia ainda nos merecia
E quando diziam que a plutocracia era uma heresia
Hoje o diabo te amacía e se delícia
E já não temos poesia com la policia

Viris assola, degola, Viris não protocola
Ainda escrevo com a mesma bitola de Francis Ford Coppola
Sou velha escola, santola, como pager Motorola
Viola no saco mano, não contas pó' totobola
Não beefo com a quantidade de manos que damas comem
Beefo com essas damas que engravidam só para prender homens
Parabéns caçaste a presa com a tua esperteza
Cabra um dia karma chegará podes ter a certeza
Onde o HipHop se mascara, Viris não para lá
As barras são de energia rara como pó de guaraná
As barras são do Niágara e acabam no Paraná
Zukas dizem que a rima sara e dão-me saravá
Lá na zona só se debate sobre a nova escola
Quem é o novo Maradona quem é o mano que move a bola
Quem é o novo Zidane, quem passará no exame
Dillaz, Hollyhood, Slow J, Prof ou G-Son

Isto é loucura como outrora lá no Bora Bora
Minha rima é tipo chora depois e chora agora
Mato inimigos com ataques aéreos fora de horas
Como americanos mataram afegãos em Tora Bora

Margem Sul 'tá na hora
Porto 'tá na hora
Braga 'tá na hora
Bora, bora, bora, bora

Este é o nosso dialecto (okay)
Politicamente incorrecto
Quando o V começa a dar na cara
Não para

Este é o nosso dialecto (okay)
Politicamente incorrecto
Quando o V começa a dar na cara
Não para


Autor(es): Keidje Torres Lima