
Doidos
Ele diz que o corpo não é
Uma culpa é sim uma festa que se
Quer na rua é doido!
Ele diz que o corpo não se privatiza
E só com desejo é que se
Realiza, é doido!
Mas pouco a pouco vou na cantiga
Que isto do corpo tem que se diga
Por mais que eu tente
Recusar a sua força
Volta e meia eu fico, doida!
Ele diz que o corpo não é trabalho
Não é um produto nem é um fardo, é doido!
Para ele o corpo é a divindade
E em cada corpo cabe a eternidade, é doido!
Ele diz se o corpo não goza nada
Mais tarde ou mais cedo a cabeça
É que paga, é doido!
Mas pouco a pouco vou na cantiga
Que isto do corpo tem que se diga
E porque corpo há só um e dura pouco
Vamos lá então ser doidos!
Autor(es): Pedro Martins