
Observe a Janela
A sorte não é um cartão de visitas
Quem tem medo não respira
Anda de punho fechado
Desconfia do silêncio
Do lamento
Do susurro do vento
Do escuro sem caminho
Que rasga feito navalha
Quem pensa
Procrastina
Não respira
Falha
Uma vida sem protagonista
Mutua falha sem preceito
Como uma velha que lê a sua mão
Pela linha
Emaranhado
Rede sem razão
E o futuro
O passado
E o presente
Sempre se transformam em lembrança
Só o sorriso de uma criança
Será morfina para pagão
Que espera o tempo passar
Entra em conflito com o mundo
Respira na ponta da caneta
Goza com a fumaça do cigarro
Balé toxico
Cinza
Amargo
Que engana o desejo
E esconde a paixão
E se minha casa fosse uma porta sem janelas
Seria impossível ver o mundo
Apenas ver o mundo
Em uma hipotética visão
Uma antena receptora
Unilateral
Fascista
Pré-escrita
Vazia e sem chão
Enclausurada de verdades e ignorância
Sem fome de mudança
Ignorância do cão
Sem fome de mudança
Sem fome de mu-dan-ça
Autor(es): Juba