Baluarte

Açude (À Tona)


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Ela não sabe dos meus sonhos
Das algarobas que escondo
Nas minhas águas

Ela não sabe dos meus medos
Eu já não conto nos dedos
As minhas mágoas

Eu sou açude
Que sangra de madrugada
Minha alma inquieta acordada
Extravasa agoniada

Ela não sabe dos meus versos
Dos desejos submersos
Do violão

Ela não sabe da sangria
E enquanto ela dormia
Fiz a canção

Eu sou açude
Que sangra de madrugada
Minha alma inquieta acordada
Extravasa agoniada


Autor(es): Pedro Paz