À Espera
O toque incessante do despertador
Avisa que o mundo ainda não acabou
Listras na parede anunciam a manhã
E a vida segue sem querer
A imagem exibida no computador
Me faz lembrar do lugar em que não estou
Na rua tudo permanece tão igual
A vida não pede um porquê
A noite mantém-se agarrada aos telhados da cidade
As luzes ainda estão acesas
A sua essência invade toda a minha atmosfera
E eu continuo à sua espera
O clima entediante do elevador
Me lembra que eu não quero ir aonde eu vou
O sol por trás dos prédios anuncia o fim
E o dia acaba sem valer
A imagem espelhada no retrovisor
Me mostra alguém que não queria ser quem sou
Em casa tudo permanece desigual
E a lua chega sem saber
A noite mantém-se agarrada aos telhados da cidade
As luzes ainda estão acesas
A sua essência invade toda a minha atmosfera
E eu continuo à sua espera
Mas a noite mantém-se agarrada aos telhados da cidade
As luzes ainda estão acesas
A sua essência invade toda a minha atmosfera
E eu continuo à sua espera
Autor(es): RICARDO ALVES
