Rappek

Anos dourados


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Isso é uma guerra e eu sigo na sombra igual o Bk'
Com a lírica afiada, mais letal que uma AK

Vivendo anos dourados, me chamem de JK
Tô numa rede, não tão social quanto o VK

Escrevo meus versos com alma, por isso que eles não podem roubar, nego!
Respiro e transpiro a calma que um mundo em chamas não pode tirar, nego!

Cuidado com o karma por que a vida cobra e a morte não liga à cobrar, nego!
Mas se vai usar uma arma, primeiro tu tem que aprender a atirar, nego!

Nos deram uma porção de ópio nessa utopia
Nos deram uma dose de ódio e falta de empatia

Gritando entre a multidão, mas ninguém me ouvia
"O mundo tá acabando e não acaba essa folia"

Já é quase meio dia e eu tô deprimido
Antes expressivo, ainda me estresso
Sem café expresso ou antidepressivo
Não tô na reserva, só me reservo

Fumo um baseado pra buscar o sentido
E perco meus sentidos, resultado inverso
Só não quero ter minha vida baseada nisso
Eu nem gosto disso, apenas observo

Deixe que eles entrem em contradição
Sempre te pegam no erro e erram na condenação

Deus, eu não sou daqui, só tô aqui numa missão
Mas nem sei se é uma benção ou é uma maldição

Meu coração já não suporta tanta dor
E eles querem que eu me curve à um falso cristo redentor

Onde os templos são de ouro e o tesouro é sem valor
Onde quem guia o rebanho é o lobo, não o pastor

Eles mataram Luther Kings, jogaram nas valas
Mas nosso sonho é Luke Cage: à prova de balas

Eles estão no Backstage, ensaiam suas falas
E nós nesse quebra-cabeça, improvisando as talas

Não sou o melhor, mas dou o melhor, então não me pressione
Posso até não estar nos palcos, mas toco nos fones

Vocês não são originais, só são clones de um clone
E o que seria dessas minas sem seus silicones?

Mil formas de morrer e eu posso escolher
Mas não vou morrer como indigente
Esses versos são tão indigestos
Que até as serpentes vomitam serpentes

Imutável, impecável
Meu pecado é mostrar pra essa gente
Que a fé pode até não mover as montanhas
Mas move pessoas que usam a mente

E a gente sempre almeja a fartura
O foda é ter que pagar a fatura

E eu tenho que ter jogo de cintura
Pra não ser mais um fraco quando a vida for dura


Autor(es): Alessandro Barbosa Da Silva