A Tela
Parece algo direto da vida a simples pintura
Numa real mistura de faces, mulheres e luzes
Há um sensual e estranho reflexo nos seus olhos azuis
Sem medo, você consome detalhes de virgens pintadas
A tela pulsa frente aos seus olhos
A tela cresce frente aos seus olhos
A loucura surge de repente
Você sente um domínio obscuro
O seu coração bate forte e ardente
Você se sente inseguro
O absurdo é realidade
Você vê as donzelas em liberdade
As ilusões reais estão te levando por própria vontade
As belas musas beijam os seus lábios
As belas musas querem os seus desejos
A sua consciência se confunde entre as vivas fantasias
A sua viagem é louca
Você se perde em soluções vazias
Surpreso, você procura uma fuga inútil
Num momento frágil
A sua resistência é débil
E você é dragado pela tela do sonho
Você agora é um homem eterno
Está preso na pintura
Com todos os seus desejos
Sem salvação morre a sua cura
Não há choro e nem lágrimas
Somente um profundo silêncio
Não há movimento e nem rimas
Para consolar o seu mundo vazio
Não há solução e nenhuma reação
Você é apenas uma pintura fria
Não há sensação, somente uma prisão
Onde tudo é apenas uma criação
Da sua mente doentia
Autor(es): Euler Luther Walkan
