Rolando Boldrin

Boiada Cuiabana


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Vou contar a minha vida do tempo que eu era moço
De uma viagem que fiz lá pro sertão do mato grosso
Fui buscar uma boiada isso foi no mês de agosto.

Meu patrão foi embarcado pra linha sorocabana
Capataz da comitiva era o juca flor da fama
Fui tratado pra trazer uma boiada cuiabana.

Eu sai de lambari na minha besta ruana
Só depois de trinta dias que cheguei em aquidauana
Lá fiquei enamorado de uma malvada baiana

No baio foi joão negrão no tordilho severino
Zé garcia no alazão e no pampa foi catarino
A madrinha e o cargueiro quem puxava era um menino.

Na porta de campo grande num cassino eu fui entrando
Uma linda paraguaia na mesa estava jogando
Botei a mão na algibeira dinheiro estava sobrando.


Ela mandou me dizer, pra mim que eu fosse chegando
Eu virei, disse pra ela vai bebendo eu vou pagando
Eu joguei nove partidas meu dinheiro foi andando.

Declamado:
A lua foi se escondendo vinha rompendo a manhã
E aquela morena faceira trigueira cor de romã
Soluçando me pedia:
Mutchacho leva-me contigo que te darei toda a minha alma,
Todo o meu coração toda minha vida.

Os boiadeiros no rancho estavam prontos pra partida
Numa roseira cheirosa os passarinhos cantavam
E a minha besta ruana parece que adivinhava
Que eu sozinho não partia, meu amor me acompanhava.

Cantado:
De campo grande parti com a boiada cuiabana
Meu amor veio na anca da minha besta ruana
Hoje tenho quem me alegre na minha velha choupana.