José Fortuna

Cadeira Na Calçada


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Já vai longe aquele tempo da cadeira na calçada, bem no finzinho da rua, da minha velha morada
A tarde no pé de amora vinha a última andorinha, e na rua, a criançada brincava de amarelinha
A jardineira apanhava os passageiros na venda, um cavaleiro passava a caminho da fazenda
Os vizinhos conversando, se alongavam noite adentro, até ficar salpicado de estrelas o firmamento.

A cadeira foi deixada na calçada do destino
Onde senta com saudade, o meu sonho de menino.

Na avenida do meu peito, esburacada pelos anos, hoje passa a solidão, a galopar meus desenganos
Já e tarde em minha vida, na calçada do meu tempo, a cadeira do passado foi deixada no relento
A andorinha da lembrança me transporta a ver de novo, a calçada, minha rua e a conversa com meu povo
Mas e sonho, porque agora, na calçada do meu ser, sou cadeira que o tempo se esqueceu de recolher.