Scambo

Carcará


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"Brasil, 1950, êxodo rural..."

Eu vivi na cidade no tempo da desordem,
e no meio da gente minha no tempo da revolta...
Comi minha comida no meio da batalha...
AMEI
Sem ter cuidado
Olhei tudo que via sem tempo de bem ver
assim passei o tempo que me deram pra viver
A voz da minha gente se levantou
e a minha voz junto com a dela
tenho certeza que os donos da terra
ficariam muito mais contente
se não ouvisse a minha voz
a minha voz não pode muito
mas GRITARR..
e eu bem gritei... eu bem gritei.. bem gritei

"é um tempo de guerra, é um tempo sem sol..."
"sem sol, sem dó"

Carcará pega, mata e come
carcará não vai morrer de fome.
Carcará, mais coragem do que homem.
Carcará pega, mata e come!

Carcará quando vê roça queimada
sai voando e cantando:
carcará vai fazer sua caçada,
carcará come inté cobra queimada!

Quando chega o tempo da invernada
No sertão não tem mais roça queimada.
Carcará mesmo assim não passa fome.
Os borregos que nasce na baixada...

Carcará pega, mata e come
carcará não vai morrer de fome.
Carcará, mais coragem do que homem.
Carcará pega, mata e come!

Carcará é malvado, é valentão,
é a águia de lá do meu sertão.
Os borrego novinho não pode andá:
Ele puxa no imbigo inté matá.

Carcará pega, mata e come
carcará não vai morrer de fome.
Carcará, mais coragem do que homem.
Carcará pega, mata e come!

Carcará, lá no sertão
é um bicho que avoa
que nem avião.
É um pássaro malvado,
tem o bico volteado
que nem gavião.
Carcará pega, mata e come
carcará não vai morrer de fome.
Carcará, mais coragem do que homem.
Carcará pega, mata e come!


Autor(es): João Do Vale / Jose Cândido