Flávio Leandro

Clorofila


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Vou deixar em tela a doce aquarela do que ainda resta
E por entre folhas do dicionário
O abecedário do toda essa festa
Vou usar o azul que vem do céu
Pra pintar o véu do azul do mar

Misturar com o amarelo do sol e do arrebol
Recriar o verde da clorofila
Que se esvaiu durante o corte
Do cheiro de morte do facão

Onde tá tu que vê tudo isso e nem liga?
Que nem tatu cavou um buraco e sumiu
Cadê tatu? Craúna imburana de cheiro
E a sombra do pé de imbuzeiro
E o canto da fogo pagô
Arribação tá quase fugindo de cena
Canário não mudou de pena
Que pena ele já se mandou

No aconchego da cadeira
Dorme o Cedro e sua história
Morrem juntas fauna e flora
Por que não salvar agora o que restou
Preserva ação
Conserva ação
Replanta ação
Recria, vigia que é dia judia não