G.N.R.

Dunas


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Dunas, são como divãs
Biombos indiscretos de alcatrão sujo
Rasgados por cactus e hortelãs
Deitados nas Dunas, alheios a tudo
Olhos penetrantes
Pensamentos lavados

Lambemos dos lábios
Refrescos gelados
Selamos segredos
Saltamos rochedos
Em câmara lenta como na TV
Palavras a mais na idade dos porquês

Dunas como são divãs
Quem nos visse deitados de cabelos molhados bastante enrolados
Sacos camas salgados
Nas dunas, roendo maçãs
A ver garrafas de óleo, boiando vazias nas ondas da manhã

Lambemos dos lábios
Refrescos gelados
Selamos segredos
Saltamos rochedos
Em câmara lenta como na TV
Palavras a mais na idade dos porquês