Luiz Marenco

Duende Musiqueiro


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No coração do povoado
Rodeado de um entardecer
Buscava de olhos largos
Alguma imagem do pago
"Pueblito" do meu querer.

Quando uma porta entreaberta
Por quieta adormecia
Junto à vidraça quebrada
De alma e boca cerrada
Velava um final de dia.

Ah!!Por curiosa mirada
Peleava a alma inteira
Ranchito de cruz pra esquina
Um duende guardava a sina
No fole de uma três hilheras.

Enfeitiçada cordeona, chorona
Escondia um dizer,
Tenho "enbrujos" de fronteira
E uma alma musiqueira
Possuída de um chamamé
E num trote repicado
D'um passado, veio ao presente
Foi feitiço duma china
Por certo a guaina mais linda
Que já andou por Corrientes.

Anda aqui aprisionado
Culpado por não querer
O ranchito dessa china
Pra andar nas pulperias
Nas notas de um chamamé.

Me fiz duende musiqueiro
Fronteiro por mais querer
No fole tá adormecido
Mas toca junto comigo
Quando arpejo um chamamé.


Autor(es): Evair Gomez / Juliano Gomes