Francis Lopes

Falta de Humanidade


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No estado do maranhão por manobra do destino
Um chofer de caminhão acidentou um menino
Sem necesse da vingança
A coitada da criança com esse acidente horrível
Perde sangue, geme e chora
Mesmo sem morrer na hora ficou irreconhecível

O chofer de confiança vendo que foi casual
Socorreu logo a criança levando pra o hospital
Falou com o enfermeiro que lhe respondeu grosseiro
Lhe dando pouca atenção
Sem olhar nem pra o menino
Doutor aníbal de aquino é quem está de plantão

Chamou o doutor urgente mas ele não comparece
Dizendo esse paciente terá inps
Não tendo posso atender
Mas primeiro quero ter
Informações responsáveis
E antes de tocar nele
Quero saber se os pais deles
Tem condições favoráveis

O chofer passando mal disse ao doutor no portão
Bate nele casual, mas nem sei os pais quem são
Não sou daqui, sou de fora
O senhor atende agora
O doutor falou foi rindo
Mesmo que haja desgraça
Eu não trabalho de graça
Nem deus do céu me pedindo

Doente com já vinha, sem o tratamento ter
A pobre da criancinha acabou por falecer
O chofer agoniou-se temendo que depois fosse
Preso no mesmo local
Correu e bateu na porta deixando a criança morta
No banco do hospital

Mediante o triste drama
O enfermeiro incapaz
Botou o corpo na cama
Ficou aguardando os pais
Dizendo a família vem
Não vou avisar ninguém
Já que o doutor nem olhou
Deixou no isolamento
Naquele mesmo momento o telefone tocou

O enfermeiro dali atendeu e a voz foi essa
Meu amigo chame ai, aquino com toda pressa
O doutor falou quem é?
A voz respondeu zezé sua esposa é lhe faz
Ciente o acontecido, nosso filho está sumido
Faz duas horas ou mais

Pelo fato acontecer
Alguém havia sabido
Mas o povo sem saber
Que bateu e foi batido
O doutor ficou vermelho
Desligou o aparelho
Correu encostou na porta
Pra ir pra casa deixou-se
Mas antes de ir lembrou-se
De ver a criança morta

O doutor no desconforto
Sofreu grande empecilho
Ao ver o menino morto
Gritou chorando é meu filho
Paguei pela minha língua
Coitado morreu a míngua
Se eu tivesse atendido
Com caridade com fé
Quem sabe podia até
Meu filho nem ter morrido

A mãe sofreu igualmente ao pai e não conformou-se
Nem os manos finalmente
Toda família juntou-se
Pra os manos grande surpresa
Pra os pais eterna tristeza
Filho na eternidade
O prazer fez uma pausa
Unicamente pela causa
Da falta de humanidade
O prazer fez uma pausa
Unicamente pela causa
Da falta de humanidade


Autor(es): Louro Branco