Mauro Moraes

Fronteira


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Vez por outra alguma tropa
se perde sem deixar rastro,
leva sementes de pasto
pra brotar em campo "ajeno"...
Volta e meia algum "moreno"
no altar de "una pulperia"
trança rima e melodia
amaciadas de sereno.
Neste chão "apaysanado"
duas línguas, mesmo idioma
do basto, espora e cambona,
do quero-quero e "zorzal".
Vento pampa, oriental
brisa mansa, brasileira
que se mesclam nas "praderas"
num chamamento ancestral.
Fronteira...
Nunca "frouxemo" o garrão!
Fronteira...
Nem "refuguemo" bolada!

Fronteira...
"Semo" mesmo, um do outro,
da mesma pega de potro.
Da mesma lida campeira.
do velho e bueno "oh de casa"!
La campana, un reservado
"el tiento crudo", "el culero"
um redomão y "el domero"
retratos pra botar em quadro!
Bocal, rédeas... cacho atado
milonga, poncho e pañuelo
e uma história de sinuelo
num amor contrabandeado.
São essas coisas nativas
no dia a dia da linha
de um destino que caminha
cambiando as vezes de pago.
Se é de um... ou de outro lado
depende da circunstância
duas pátrias, mesma estância
dos dois lados do alambrado.


Autor(es): Anomar Danubio Vieira / MAURO MORAES