Gildo de Freitas

Gaúcho de Vergonha


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(Já fui gaúcho campeiro domador de profissão
E por causa de uma chinoca passei a ser cidadão
Fazendo as vontades a ela pra bem da nossa união
Sem esperar que ela mesma me usasse de traição
E quando eu senti que estava ferido meu coração
Envergonhado da vida, tomei uma decisão
Para que ninguém tivesse de mim uma informação
Nem a própria china mesmo me fui direito ao sertão
Eu prefiro viver com as feras com leões
Tigres, panteras, mas com mulher falsa não)

Assim vou levando a vida
Por este sertão sem fim
Vivendo de caça e pesca
Embora eu ache ruim
Pois china quando não presta
Eu prefiro mais a floresta
E as feras em torno de mim
Pois china quando não presta
Prefiro mais a floresta
E as feras em torno de mim

Caço bem e pesco bem
Pra comer me desaperto
Os meus prazeres aqueles
Que eu adquiro no deserto
É triste mais é verdade
Ser traído e ter saudade
De quem já se viveu perto
É triste mais é verdade
Ser traído e ter saudade
De quem já se viveu perto

Já estou ficando velho
Brigando com a triste sina
Por incrível que pareça
Eu gosto daquela china
Só descansarei com a morte
Diz à saudade que eu volte
Mas o capricho me domina
Só descansarei com a morte
Diz à saudade que eu volte
Se o capricho me domina

Só não digo o nome dela
E nem o lugar que eu ando
Pra ninguém ficar com pena
Das penas que estou passando
Por uma china fingida
Só quem sabe a minha vida
É este que está cantando
Por uma china fingida
Só quem sabe a minha vida
É este que está cantando

Fiz a história e dei pra o Gildo
Por se ver que está capaz
De cantar o sentimento
De quem não quer viver mais
Não quero que por mim chore
Deixem que as feras devorem
Todo os meus restos mortais
Não quero que por mim chore
Deixem que as feras devorem
Todo os meus restos mortais

por nelson de campos


Autor(es): Gildo De Freitas