Madrugada E Meia
quase não chego vivo em casa
subi as escadas rastejando
olhos vermelhos lacrimejando
todo cheio de porrada.
Você mordeu meu pescoço
enxeu meus ouvidos de saliva
comeu a carne e roeu o osso
café da manhã, jantar e almoço
não sobrou nada de mim.
As algemas marcaram meus pulsos
e você chupou os meus mamilos
pingou vela no meu umbigo
nos limites do perigo
literalmente você me comeu.
Ô mulher maluca!
De onde você saiu?
Eu vou fazer o que você mandar
entro no clima mas não sou viado
dedo no meu cu você não vai enfiar!
(Parte falada)
Mulher maluca,
de onde você saiu?
Eu vou fazer o que você mandar
entro no clima mas não sou viado
dedo no meu cu você não vai enfiar!
Tô aqui lembrando e rindo
madrugada e meia de amor
creme de leite, maionese
pastel de cabelo à vinagrete
caipirinha de suor.
Você me deu um nó de perna
chupou debaixo do meu saco
minhas costas meu suvaco
me senti uma azeitona
triturado na sua boca.
E no final,
foi porra pra todo lado
urros e gritos desafinados
mas que putaria baby
só que eu quero tudo outra vez.
E no final,
foi! Porra! Pra todo lado!
Urros e gritos desafinados
mas que putaria baby
só que eu quero tudo outra vez.
Autor(es): Paulo De Carvalho