Papel Velho
Em meus sonhos embolados, feito papel velho
Nessa roupa de festa que usei pra celebrar
Um amor eterno
Mas este coração mesmo inundado
Ainda morre de sede
A poesia desafinou
A vida viajou, se foi
E eu fiquei pra cuidar de mim
Eu do alto via as cores
Eu do alto sabia das dores
No fim voei com lama no lugar de penas
Mas tristeza é como velho um trago
Que aquece o peito antes de fazer cair
Da torre em ferro e neon
A vida se mandou, já foi
E eu fiquei pra cuidar
Fiquei pra cuidar de mim
Espero o sol se libertar, sair daquela gaveta
Desenterrar um poço d’água limpa
Autor(es): Aluízio Jr / Ludmila Clio