Zerando
Do meu desejo 
Não basta seu corpo aceso 
Para zerar todo o medo: 
Aquele olhar seu 
Só um Deus prá ser tão mau assim 
Melhor nem contar 
Deixa prá lá 
Só te queria 
Mais uma vez 
Seu nome na minha boca, 
Agora, prá sempre, talvez 
Sem ilusões 
Mas com novas fantasias: 
Quem sabe com essas senhas 
A gente venha a ser feliz 
Eu tenho medo 
Mas também paixão 
Veja como eu cedo novamente: 
Eu faço greve de fome, 
Corto o cabelo, 
Tudo prá ficar na sua mente 
E a nossa cidade 
É um grande Porto 
Aberto à luz e à maldade, 
Feita prá quem não está morto 
Vê se me entende 
Dizem que somos irreverentes 
Eu só sei que rio 
E revenrencio alguém
Autor(es): Antônio Cícero / Marina Lima