Dança da Solidão
amargura em minha boca
sorri seus dentes de chumbo.
Solidão, palavra cavada no coração resignado
e mudo no compasso da desilusão... Viu!
Desilusão, desilusão
danço eu, dança você na dança da solidão.
Camélia ficou viúva, Joana se apaixonou,
Maria tentou a morte, por causa do seu amor.
Meu pai sempre me dizia: meu filho tome cuidado,
quando eu penso no futuro, não esqueço o meu passado.
Quando vem a madrugada meu pensamento vagueia,
corro os dedos na viola contemplando a lua cheia.
Apesar de tudo existe uma fonte de água pura
quem beber daquela água não terá mais amargura.
Autor(es): Paulinho da Viola