Fado Penélope
Do fundo da minh´alma tecedeira 
Da noite do meu tempo me levanto 
E nasço feito dia à tua beira 
Passei por tantas portas já fechadas 
Com a dor de me perder pelo caminho 
A solidão germina nas mãos dadas 
Que dão a liberdade ao passarinho 
E enquanto o meu amor anda em viagem 
Fazendo a guerra santa ao desespero 
Eu encho o meu vazio de coragem 
Fazendo e desfazendo o que não quero 
A fome de estar vivo é tão intensa 
Paixão que se alimenta do perigo 
De o chão em que se inscreve a minha crença 
Só ter por garantia ser antigo
Autor(es): José Mário Branco / Manuela De Freitas