Jeito de Mato


De onde é que vem esses olhos tão tristes?
Vem da campina onde o sol se deita
Do regalo de terra que teu dorso ajeita
E dorme serena, no sereno e sonha

De onde é que salta essa voz tão risonha?
Da chuva que teima, mas o céu rejeita
Do mato, do medo, da perda tristonha
Mas, que o sol resgata, arde e deleita

Há uma estrada de pedra que passa na fazenda
É seu destino, é tua senda onde nascem suas canções
As tempestades do tempo que marcam sua história
Fogo que queima na memória e acende os corações

Sim, dos seus pés na terra nascem flores
A tua voz macia aplaca as dores
E espalha cores vivas pelo ar
Ah, ah, ah

Sim, dos seus olhos saem cachoeiras
Sete lagoas, mel e brincadeiras
Espumas, ondas, águas do seu mar
Ah, ah, Elaia


Autor(es): Fernandes / Mauricio Santini / Paula