Tribo da Periferia

Matilha


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Calor do 'caraio
Horário de verão o dia nunca se vai
Malandro sai da toca só quando o sol se sai
Ficar sozinho em casa não dá mais

Eu preciso da matilha
Já trouxe a vodka
Fazer uma clandestina tipo aquela alucinógena
Rotina tava sádica, nostálgica, robótica
Eu só precisava de alguma coisa mais neurotônica

Mas se ouvir o som na esquina sou eu
Cachorro do breu que antes não dormia
Agora dormi para quê?
Sou do luar, do rolê
Do fumacê, do privê
Vou amanhecer com prazer
'Vamo aê

Ultimamente eu 'to meio sem medo
Ultimamente, ultimamente, eu 'to meio sem medo
Ultimamente, ultimamente, ando meio sem medo
Ultimamente, ultimamente, vivo meio sem medo
Ultimamente, ultimamente, eu não tenho mais medo

E aí fio, tu viu o Isaura?
Isaura foi ali, no camelo e já volta
Busca um verdin', daquele zin, na rua da escola
Uns de espin', outros tin tin
Uns ri outros chora
E nós 'tamo aí, longe do fim vai vir, mas demora

Liberdade primeiro
Com música e dinheiro
Saúde, paz e fumaça, fugando os rotineiro
Que venha os verdadeiros, e foda-se os fuleiro
Então cai pra dentro, esbagaça que a festa é dos guerreiro

Esse é meu hino
Essa é nossa aldeia (kamika-z)
Do clandestino, ao canto da sereia
E 'tamo aê, de sorte vida alheia
A residência é simples, mas castelo pras princesa

Eu vou de whit, de novo, rotina, meu ovo
Os moleque que elas gostam, é adrenalina
Cabuloso eu sou
Mais um nativo desse sertão de pedra
Herdeiro, da disciplina e do ninguém me dera

Altos frevo e eu naquela, com ela ou sem ela
Admira a moda, mas ama essa passarela
Desfila que quando 'to com a matilha
As gostosa bela, que bela bota fogo nessa porra
Nego acelera

E 'tava eu ela, loucos pela noite por aí
E 'tava eu ela, loucos pela rua
E 'tava eu ela, loucos pela noite por aí
E 'tava eu ela, loucos pela rua

E 'tava eu ela, loucos pela noite por aí
E 'tava eu ela, loucos pela rua
E 'tava eu ela, loucos pela noite por aí
E 'tava eu ela, loucos pela rua

(Ha,ha)
São quatro horas da manhã
Um balde de gelo sobre o capo
Apenas um momento de paz
Sobre o caos
E outro marginal, na marginal

Nego
Ultimamente eu 'to meio sem medo
Ultimamente, ultimamente eu 'to meio sem medo
Ultimamente, ultimamente ando meio sem medo
Ultimamente, ultimamente vivo meio sem medo
Ultimamente, ultimamente eu não tenho mais medo


Writer/s: Luiz Fernando Da Silva