Lourenço e Lourival

Mil Novecentos e Antigamente


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Eu sou de uma terra boa
De um mundo sério bem diferente
De um mundo sem preconceito
De um povo humilde bem competente

No dia que eu vim ao mundo
Trouxe alegria pra muita gente
Deixei felizes meus pais
Meus irmãozinhos e meus parentes

Eu cheguei com a primavera
Com as flores vim contente
Aos vinte e três de setembro
De mil novecentos e antigamente

Eu calculo a minha idade
Pelo regime que eu fui criado
Sou do tempo em que o homem
Negociava de olhos fechados

Dispensava assinatura
Papéis carimbos e papo furado
E quando um fio de bigode
Era um documento assegurado

Quando a palavra de um homem
Tinha um valor elevado
Valia dez vezes mais
Do que um milhão de papéis assinados

Sou do tempo em que a barba
Simbolizava capacidade
Não se usava bigode
Por brincadeira ou por vaidade

Homem se dizia homem
Mostrando a responsabilidade
Tinha de enfrentar a luta
Para mostrar masculinidade

Sou do tempo em que a vergonha
A honra e a honestidade
Valia mil vezes mais
Do que qualquer diploma de faculdade

Lá a lei era o trabalho
Quem trabalhava tinha valor
Cafajeste e vigarista
Aquela terra nunca criou

Vagabundo e puxa-saco
Morria a míngua sem protetor
Lá o filho honrava o pai
Seguindo a lei de Deus criador

Lá a mãe era senhora
E o pai era senhor
Reinava entre a família
Compreensão respeito e amor

A dança que se dançava
Servia só pra se divertir
Cantiga que se cantava
Era canto simples só pra se ouvir

Não tinha pornografia
Nas modas que hoje tem por aqui
Lá ninguém fazia nada
Pra se mostrar ou pra se exibir

Lá o homem era mais homem
Mais humano e mais gentil
Não tinha corrupção
E o meu Brasil era mais Brasil


Writer/s: Adalesio Vieira

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