Zero Ora!

Oração dos Condenados


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Já cometi tantos erros
E deles eu não me arrependo
Que são os meus passos em falso
E hoje fazem parte do caminho
E ainda que nem toda trilha eu tenha escolhido
Em cada uma delas eu deixei a marca dos meus pés

Eu já ouvi a noite mais silenciosa
E os dias barulhentos na cidade
E não me importo de saber que nem um deles
Nem um deles, pai, é o meu lugar
Eu sei, nem todo canto tem o ranço rouco da minha voz
Mas cada um tem seu caminho,eu não tenho que julgar

Por isso quando eu estiver chorando
Você não tem que despencar do seu altar
Eu não preciso de ninguém que me console
Nem de ninguém pra aliviar a minha dor
Eu me ergui sozinho em cada um dos meus tropeços
E pai, eu me orgulho disso feito um pobre pecador

Eu não tenho a pretensão de conhecer todas as coisas
E muito menos ter certeza do que eu sei
Mas acho que aprendo cada dia mais um pouco
Pagando a pena eu sozinho pelos erros e acertos
Se eu cair só me levante se eu pedir
Mas espere até o fim, que eu ainda posso desistir

Pai
Se isso é certo ou errado, eu não sei
Porque eu não vejo as cores nesse tom
Eu vejo só uns mil caminhos pra seguir
E cada um traz o seu ônus, disso eu sei
Cada um traz o seu bônus, disso eu sei

Então só me levante se eu pedir