Adelino Nascimento

Porto Solidão


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Se um veleiro repousasse na palma da minha mão
Sopraria com sentimento e deixaria seguir sempre
Rumo ao meu coração, meu coração
A calma de um mar que guarda pra amanhã os segredos
De versos naufragados e sem tempo

Rimas, de ventos e velas vida que vem e que vai
A solidão que fica e entra
Me arremessando contra o cais