Mafalda Arnauth

Sem limite


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Soltei a voz ao vento
Deixei o rio correr
E fiz tudo o que eu bem quis
A meu contento

E a voz correu, que o rio sou eu
E o que eu quiser, e ao que me der
" Que a vida só se dá p'ra quem se deu "

No espelho em que me vejo
Não vejo mais nem sombras, medos
Eu só vejo o que eu desejo

E habito assim, o mais de mim
Na claridade, da realidade
Que o medo, de ter medos, tem seu fim.

E abri as asas
E fui voar
E fui ser tudo o que eu sempre quis
Que o meu limite
Sou eu quem traço
E eu que desfaço
Sempre que eu assim quiser.


Writer/s: Luis Oliveria / Mafalda Arnauth