Zé Ramalho

Visionaria


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Encostado nas palhetas douradas de um sol
Vendo planetas vermelhos no mesmo arrebol
Viajei no tempo, procurei no tempo rebusquei no tempo
Só no contratempo quero liquidar
Com a criatura, com a viatura, com a cara dura
Com essa amargura quero improvisar
As mais lindas canções para poder
No seu lenço encarnado enxugar
O meu calhambeque e meus olhos
O meu calhambeque e meu olhos
O meu calhambeque

Claros elmos pequeninos derramam no chão
Luzes de tons indecisos nos olhos de um cão
Vão apunhalando, eletrocutando, milimetrando
Só assoletrando vou pronunciar
Piero, pensaria, piração, paria pega, pinga, pia, paga pra cotia não atravessar
Os caminhos carimbados e encardidos pelo mesmo calcanhar
E um rio minando nos olhos
E um rio minando nos olhos
E um rio minando

Claros elmos pequeninos derramam no chão
Luzes de tons indecisos nos olhos de um cão
Vão apunhalando, eletrocutando, milimetrando
Só assoletrando vou pronunciar
Piero, pensaria, piração, paria pega, pinga, pia, paga pra cotia não atravessar
Os caminhos carimbados e encardidos pelo mesmo calcanhar
E um rio minando nos olhos
E um rio minando nos olhos
E um rio minando


Writer/s: Zé Ramalho