Léo Canhoto e Robertinho

Zé Firmino


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Zé Fermino era um homem desonesto
Bem ambicioso e ruim de coração -
Todo dinheiro que ganha ela escondia
Muito escondido lá dentro do seu colchão.
Pra sua esposa ela mentia toda hora
E a seus filhos não dava nenhum tostão
Ele queria ajuntar bastante dinheiro
Para fugir com a filha do patrão.

Quando vendia alguma coisa na cidade
Pra sua família ela falava com clareza:
- Eu fui roubado, um ladrão me assaltou
E no colchão ele escondia sua riqueza.

Um certo dia seu filho ficou doente
A pobre esposa ficou logo com cuidados
Pegou o filhinho e procurou um bom doutor,
Para curar aquele seu filho amado.
Quando o doutor examinou a criancinha
Olhou a mãe e foi falando bem ligeiro:
- Minha senhora, seu filhinho foi mordido
Por um inseto por nome bicho barbeiro.

Jogue veneno na parede bem depressa
Assim os bichos vão se ver em desespero
Seria bom queimar o seu velho colchão,
O cobertor, o lençol e o travesseiro!

A pobre esposa foi pra casa bem depressa
Pegou o colchão e arrastou lá no terreiro
Pôs querosene, botou fogo, num instante
Aquilo tudo se transformou-se num cinzeiro.
O seu marido que vinha chegando em casa
Ao ver aquilo urrava feito um leão
Quis apagar o fogo, mas não conseguiu
Teve um ataque já morreu do coração.

Entre as cinzas sua esposa viu um pedaço
De uma nota que rolava pelo chão -
Compreendeu que o dinheiro do marido
Estava dentro daquele velho colchão.
Olhando o esposo lá no chão estrebuchado
Deu um sorriso e para deus pediu perdão -
Depois, num ar de pouco caso, ela falou:
- Isso é bem feito! Pagou caro sua traição!


Writer/s: Leo Canhoto / José Russo

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