Cabalistique


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O assassino de pano passeia
Sozinho na multidão
Com sua guitarra sob o braço
Já morto admirando os vivos

Ele os odeia como a si próprio
Por ter assassinado sua própria vida
Por ter querido mais do que podia levar

O assassino de pano não é alguém
Não ama, nem sente
Apenas caminha frustrado
Sem dinheiro nem pra um drinque

Eu não sou gente de verdade
Sou apenas um monte de pano velho
Prestes a ser queimado

O assassino de pano passeia
Sozinho na multidão
Com sua guitarra sob o braço
Já morto admirando os vivos

Eu não sou gente de verdade
Sou apenas um monte de pano velho
Prestes a ser queimado


Writer/s: Rodrigo Cacilhas