Covarde
Ela parecia muito assustada
Passou correndo, descendo as escadas
Ele passou pouco tempo depois por mim
Foi sim
Não pude deixar de sentir o odor
De violencia, sexo e terror
Que se espalhava lentamente por todo o corredor
Pesado
Eu não sabia o que fazer
Se deveria ou não me intrometer
Naqueles instantes era briga de amantes
Mas ela tinha um olhar perdido
De quem ja se acostumou com o perigo
Sem dizer nada ela gritava por ajuda
Tão miúda
Seu braço estava coberto de hematomas
Mas ela dizia que havia caído
Enquanto ele chegava e me encarava
Bandido
Se um covarde bate em uma mulher
Deve estar pronto pro que der e vier
Pois nesses instantes não ha atenuantes
Covarde, covarde
Ei cara não seja covarde
Covarde, covarde
Ei cara não seja covarde
Mas se um covarde bate em uma mulher
Deve estar pronto pro que der e vier
Nesses instantes não ha atenuantes
Writer/s: Fabricio Macedo
