Silão

Nus Dias


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Amor e raiva
jogam luz,
olhos livres,
nervos na pressão.
Meu abismo
ou
clarão.

Raiva justa
nos dias nus,
combustível
para sobreviver.
Mas o brilhante,
ô,
é amor, amor, amor, amor,
amor, amor, amor, amor,
por onde for.

Cacos dessa raiva que restou no ar
deixam um sinal azul:
a dor de ontem ainda hoje,
mergulhe fundo e adeus.
Nas ruas, vidas imensas,
respiro tanta coragem,
é só o amor pedir passagem.

Ô,
amor, amor, amor, amor,
amor, amor, amor, amor,
por onde for.


Writer/s: Silão