Wander Wildner

Rezas de um Marujo


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Vejo o decolar dos pássaros onde estou contando os passos pra voltar
E no peito há um vazio, o perfil de um homem só que um dia renascerá
A saudade é como um coice, é luta de martelo e foice pra esquecer
No altar deuses e musas, levo anjos, krishna e buda pra voar

Eu já me acostumei a ser o punk da turma
Deixar o tempo passar, esquecer, romantizar

No porão há um barril onde dedico um tempo meu para pensar
Navegando em mar hostil o uísque forma um rio que alma naufragará
O poema queima os lábios, perfura o coração do sábio capitão
São as rezas de um marujo, o suor e o sangue sujo que nas veias correrão

Eu já me acostumei a ser o punk da turma
Deixar o tempo passar, esquecer, romantizar

Eu já me acostumei a ser o punk da turma
Deixar o tempo passar, esquecer, romantizar


Writer/s: Gustavo Kaly, Gustavo Andre Moura

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