
Vampira
Vampira
Sergio Ramalho
Como o despertar da manhã de um dia
Engrandecendo o calor da mira
Desse me sol, meu cobertor
A amenizar o que sobrou
Depois que o teu olhar de fera entrou pela janela
e me devastou...
Nessa rapidez de teu raio luz
e na embriaguez desses corpos nus
em profusão, estado febril
na confusão em que se viu
toda nossa velha ânsia explodir feito criança quando vai crescer
sem saber que desse livro brota o novo rito a me cativar
e eu em minha leitura me perco na mistura e me deixo dominar
enquanto respiro ofegante
embora não me canse, vejo tua mão
rasgar-me o peito sem defesa
e beber o sangue da minha paixão
Writer/s: Sergio Ramalho