Amsterdam
Busco as luzes que dançam nos céus,
Mudam as cores, piscam pra mim.
Fim de tarde fria, lindo jardim
Estou voltando para amsterdam
Onde o meio é muito mais que o fim
Onde o tempo passa mais devagar.
Onde as crianças podem brincar em paz,
Cantando canções.
Não consigo entender porque não é assim
Na terra dos monstros malditos, onde corro do mal.
Peço ao tempo que seja mais lento, mais cordial.
Inocente sem medo, tolo, rio de mim
E de quanto tempo perdi/ pensando demais,
E quem me ver não vai me rever jamais.
E não preciso explicar quem sou,
O que tenho nem pra onde vou.
Zilhões de ciclistas, tranquilos, passam por mim
Olhos azuis, tão felizes, neste lindo jardim.
Inocente sem medo, tolo, rio de mim
E de quanto tempo perdi pensando demais
No que pensam e falam de mim ou lendo jornais.
Não passe assim como o vento veloz, tempo ruim.
Olhos azuis, tão felizes, passam por mim.
Sei que talvez seja estranho o meu modo de ser.
Porém, bem mais estranho é achar que vocês são normais...
Writer/s: Roberto Travassos
